TRABALHO DE FÍSICA – SEGUNDO
BIMESTRE – 3º ANO
(RESPOSTAS)
NOME:
____________________________________________ Nº: ____ TURMA: ______
NOME:
___________________________________________ Nº: ____ TURMA: ______
Leia
e estude atentamente a matéria do capítulo 4 (páginas 178 a 200), pois esta
será cobrada na prova. O Trabalho deverá
ter perguntas e respostas alternadas. As perguntas podem ser impressas. As
respostas devem ser manuscritas. DEVE SER ENTREGUE NO DIA 05/07/2017. O representante de turma recolherá os trabalhos e
entregará ao professor.
TODOS
OS EXERCÍCIOS QUE ENVOLVAM CÁLCULOS DEVEM EXPLICITÁ-LOS OU A QUESTÃO SERÁ
ANULADA. Valor: 06 (SEIS) PONTOS.
A
CAPA DO TRABALHO DEVERÁ SER DIGITADA E O NOME DA DUPLA DEVERÁ ESTAR IMPRESSA NA
CAPA CONTENDO NÚMERO E TURMA. NOMES COLOCADOS DE ÚLTIMA HORA À CANETA NÃO SERÃO
CONSIDERADOS.
Fontes para você
consultar e se preparar:
a)
Livro “Quanta Física, volume 3, Kantor et all, Ed. parsons (pp. 178 a 200)
b)
Eletricidade Básica (IFSP): https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/4/47/ApostilaEB2.pdf
PRIMEIRA PARTE
FISICA CONCEITUAL
1)
Se uma corrente flui de um objeto para outro, o que podemos dizer acerca dos
valores relativos dos potenciais elétricos dos dois objetos. Justifique sua
resposta.
Para começar dizemos que Potencial elétrico é a capacidade que um corpo energizado tem de realizar trabalho, ou
seja, atrair ou repelir outras cargas elétricas. Com relação a um campo
elétrico, interessa-nos a capacidade de realizar trabalho, associada ao campo
em si, independentemente do valor da carga q colocada num ponto desse campo. Para medir essa capacidade,
utiliza-se a grandeza potencial elétrico.
Se dois potenciais conectados
são iguais (VA = VB), a diferença entre estes dois
potenciais é ZERO e não haverá corrente elétrica fluindo entre eles. Por outro
lado, se VA ≠ VB, então a diferença entre os potenciais não é nula (VAB
= VA – VB), assim haverá corrente fluindo de um objeto
para outro.
Podemos dizer que a Diferença
de Potencial é a diferença no potencial elétrico em dois pontos, medida em
volts. Ela é análogo à diferença da pressão da água em dois recipientes: quando
conectados por um cano, a água flui do recipiente onde a pressão é mais alta
para aquele de pressão mais baixa – até que as duas pressões se igualem.
Analogamente, quando dois pontos com potenciais elétricos diferentes são
ligados por um condutor, a carga flui enquanto existir uma diferença de
potencial entre os pontos.
2)
Seu professor particular lhe diz que um ampere e um volt medem realmente a
mesma coisa, e que os diferentes termos servem apenas para tornar confuso um
conceito que é simples. Por que você deveria pensar em conseguir outro
professor?
Existe
frequentemente alguma confusão entre o fluxo de carga através de um circuito (medida em ampères) e a voltagem imprimida,
ou aplicada através do circuito
(medida em volts). Podemos distinguir entre essas duas ideias considerando um
tubo comprido cheio de água. A água fluirá através do tubo se existir uma
diferença de pressão através deste, ou seja, entre suas extremidades. A água
flui da extremidade onde é alta a pressão para aquela onde a pressão é baixa.
Apenas a água flui não a pressão. Analogamente, a carga elétrica flui através
de um circuito. A voltagem não vai a lugar algum, pois são as cargas que se
movimentam. A voltagem produz a corrente (se existe um circuito completo).
3)
Apenas uma pequena percentagem da energia elétrica fornecida a uma lâmpada
incandescente comum é convertida em luz. O que acontece ao restante?
Não existe material ou produto
na natureza que possua uma eficiência de 100%. Somente parte da energia
fornecida a uma lâmpada é aproveitada para seu fim principal, isto é, ser
transformada em energia luminosa. Parte significativa da energia é transformada
em calor. Quando uma corrente elétrica atravessa um material condutor, há
produção de calor. Essa produção de calor é devida ao trabalho realizado para
transportar as cargas através do material em determinado tempo. Quando o
elétron colide com os átomos, fazem com que os núcleos vibrem com maior
intensidade. O grau de agitação molecular é chamado de temperatura, ou seja,
quando os elétrons colidem, aumentam a energia cinética dos átomos, sua
temperatura.
4)
Que grandeza é medida por (a) joule por coulomb, (b) coulomb por segundo, (c)
watt.segundo?
O trabalho
(medido em joules) realizado sobre uma carga q (medido em coulomb) é a diferença
de potencial ou voltagem,
está é medida em volts. Assim:
1 V = 1 J/C
(volt)
A taxa de
fluxo elétrico, isto é a corrente elétrica, é medida em ampère. Um
ampère é uma taxa de fluxo igual a 1 coulomb (medida de carga elétrica) por
segundo (medida de unidade de tempo. Assim:
1 A = 1 C/s
(ampère)
Podemos dizer que energia fornecida durante um
segundo por uma fonte inalterável de potência igual a um watt. Esta energia equivale a um joule (1J).
Assim:
1J = 1 W.s (joule)
5)
Para conectar um par de resistores de modo que sua resistência equivalente seja
maior do que a resistência de cada um deles individualmente, você deveria
liga-los em série ou em paralelo?
Devemos
associá-los em série, pois, em uma associação de resistores em série a
resistência equivalente é a soma das resistências, isto é,
R = R1
+ R2
Vejamos o
exemplo abaixo:
Se tivermos
dois resistores, p. ex., um de 2 ohms e outro de 3 ohms, a resistência
equivalente será de 5 ohms.
Aprendendo um
pouco mais:
1) A corrente elétrica dispõe de um único caminho
através do circuito. Isso significa que a mesma corrente percorre cada um dos
dispositivos elétricos do circuito.
2) Essa corrente enfrenta a resistência do
primeiro dispositivo, a resistência do segundo e a do terceiro também, de modo
que a resistência total do circuito à corrente é a soma das resistências
individuais que existem ao longo do circuito.
3) A corrente no circuito é numericamente igual à
voltagem fornecida pela fonte dividida pela resistência total do circuito. Isso
está de acordo com a lei de Ohm.
4) A lei de Ohm também se aplica individualmente
a cada dispositivo. A queda de voltagem,
ou diferença de potencial, através de cada um deles, é proporcional à resistência.
Isso segue do fato de que mais energia é necessária para movimentar uma unidade
de carga através de uma grande resistência do que através de uma pequena resistência.
5) A voltagem total aplicada através de um
circuito em série divide-se entre os dispositivos elétricos individuais, de
modo que a soma das quedas de voltagem em cada dispositivo é igual à voltagem
total que é mantida pela fonte. Isso, porque a quantidade total de energia usada
para mover cada unidade de carga pelo circuito todo é igual à soma das energias usadas para mover aquela unidade
de carga através de cada dispositivo do circuito.
Agora vejamos um circuito em paralelo:
No circuito acima os dispositivos elétricos que
estão conectados aos mesmos dois pontos de um circuito elétrico são ditos estar
conectados em paralelo. O
caminho para a corrente fluir de um terminal da bateria ao outro estará
completo se apenas uma das
lâmpadas estiver ligada. Nessa ilustração, os ramos do circuito correspondem
aos dois caminhos separados ligando A a B. Uma interrupção em um desses
caminhos não interrompe o fluxo de carga através do outro caminho. Cada
dispositivo opera independentemente do outro dispositivo. Principais
características das conexões em paralelo:
1) Cada dispositivo conecta os mesmos dois pontos
A e B do circuito. A voltagem, portanto, é a mesma através de cada dispositivo.
2) A corrente total no circuito se divide entre
os vários ramos paralelos. Como a voltagem através de cada ramo é a mesma, sua
corrente é inversamente proporcional à resistência do ramo - ou seja, a lei de
Ohm se aplica separadamente a cada ramo.
3) A corrente total no circuito é igual à soma
das correntes em seus ramos paralelos.
4) Quando o número de ramos paralelos aumenta, a
resistência total do circuito diminui. A resistência total diminui a cada
caminho adicionado entre dois pontos quaisquer do circuito. Isso significa que
a resistência total do circuito é menor do que a resistência de qualquer um de
seus ramos. Assim:
!/R = 1/R1 + 1/R2
6)
Se os elétrons fluem muito lentamente através de um circuito, então porque não decorre um tempo perceptível entre o
momento em que o interruptor de luz é acionado e a lâmpada começa a brilhar?
Quando
ligamos o interruptor de luz da parede e fechamos o circuito, seja ele CA
(corrente alternada) ou CC (corrente contínua), a luz começa a brilhar
imediatamente no filamento.
Embora na
temperatura ambiente os elétrons dentro do metal tenham uma rapidez média de
alguns milhões de quilômetros por hora, eles não formam uma corrente, por
estarem se movimentando em todas as direções possíveis. Não existe um fluxo
líquido em qualquer direção escolhida. Mas quando conectado a uma bateria ou um
gerador, estabelece-se um campo elétrico no interior do condutor. Os elétrons
continuam seus movimentos aleatórios, enquanto simultaneamente vão sendo
empurrados por esse campo. É o campo elétrico que é capaz de se propagar pelo
circuito com velocidade próxima à da luz. O fio condutor atua como uma espécie
de guia ou tubo para as linhas do campo elétrico.
Aprendendo um
pouco mais:
Uma falsa
concepção comum acerca da corrente elétrica é a de que ela se propague pelos
fios condutores pelos elétrons que vão colidindo uns com os outros – ou seja,
que um pulso elétrico se propague pelos fios condutores de maneira análoga a
uma pela de dominó que, derrubada, transfere o movimento à fila de peças
próximas, colocadas de pé. Isso simplesmente não é verdadeiro. Os elétrons
livres para se mover em um condutor são acelerados pelo campo elétrico aplicado
sobre eles, e não por causa das colisões que eles têm entre si. Os elétrons que
estão ao longo do fio todo reagem simultaneamente ao campo elétrico.
7)
Que alteração ocorre na linha da tomada elétrica quando cada vez mais aparelho
forem introduzidos em série no circuito? E em paralelo? Por que suas respostas
são diferentes?
Em circuito
em série a corrente elétrica dispõe de um único caminho a ser percorrido. Se
cada vez mais aparelhos são conectados à série tem-se um aumento da resistência
elétrica e uma diminuição do valor da corrente elétrica. De acordo com a Lei de
Ohm a corrente no circuito é numericamente igual à voltagem fornecida pela
fonte dividida pela resistência total do circuito. Assim, se acrescentarmos
mais dispositivos i (a corrente) diminui.
Para um
circuito em paralelo, quando se liga ou se conecta mais dispositivos ao
circuito, mais caminhos existem para a corrente fluir e observa-se uma
diminuição da resistência total. A soma dessa corrente é igual à corrente da
linha. Como esta corrente aumenta com o acréscimo de dispositivos, seus valores
podem ultrapassar limites de segurança e ficarem sobrecarregados. O calor
gerado por um circuito sobrecarregado pode dar início a um incêndio.
O que
diferenciam os dois circuitos e que faz com que as respostas sejam diferentes é
o caminho percorrido pela corrente elétrica em uma associação em série e em uma
associação em paralelo. (Veja as respostas do exercício anterior).
SEGUNDA PARTE
FISICA APLICADA
8)
A potência indicada pelo fabricante sobre o bulbo de uma lâmpada incandescente
não é uma propriedade inerente do filamento, mas depende da voltagem à qual a
lâmpada é conectada, geralmente 110 ou 120 V. Quantos amperes fluirão pelo
filamento de uma lâmpada de 60 W conectado a um circuito de 120 V.
Como a
potência é dada por
P = V.i
(voltagem x corrente elétrica)
Então temos
que:
I = P/V
Assim:
I = 60W/120V
= 0,5 A
9)
A carga total que a bateria de um automóvel pode fornecer sem precisar ser
recarregada é dada normalmente em termos de ampères-hora. Uma bateria típica de
12 V é classificada como sendo de 60 amperes-hora (60 A por 1h, 30 A por 2h e
assim por diante). Suponho que você esqueceu de desligar os faróis de seu carro
ao estacioná-lo. Se cada um dos dois faróis funciona com 3 A., quanto tempo
decorrerá até que a bateria fique “morta”?
Um ampere-hora, cujo símbolo é
Ah, consiste numa unidade prática de carga elétrica e pode ser definida como
sendo igual à carga que percorre, durante uma hora,
um condutor com intensidade de um ampere.
O ampere-hora pode ser relacionado com outra unidade de carga elétrica
que é o coulomb, também designado por ampere-segundo, cujo símbolo é As. Este
não é mais do que a quantidade de eletricidade transportada pela corrente
elétrica constante de um ampere durante um segundo. A relação entre estas duas
unidades é: 1 Ah = 3600 As.
Para este
exercício bastar considerar que dois faróis que funcionam com 3 A ligados em
paralelo equivalem a um farol de 6 A. Neste caso:
60 A --- 1h
6 A --- x
Então:
60 A. x = 6
A.h
Logo:
X = 10 horas.
10)
Nas embalagens das lâmpadas de LED (diodo emissor de luz) é comum vir sua
equivalência com as lâmpadas fluorescentes compactas e com as lâmpadas
incandescentes tradicionais.
Ex.: LED 7 W = Fluorescente 15 W = incandescente 60 W.
a)
Se em sua casa tivesse 8 lâmpadas incandescentes de 60 W cada que ficassem
ligadas, em média, 05 horas por dia, todos os dias, durante o mês de janeiro,
qual seria seu consumo médio com iluminação? Quanto custaria para o seu bolso,
neste mês, a iluminação residencial considerando que cada quilowatt-hora é
tarifado pela CEMIG em R$ 0,79?
Com oito
lâmpadas incandescentes ligadas temos
8 x 60 W =
480 W
Como a
energia útil é dada por E = P.t, então:
E = 480 Watts
x (5 horas/dia x 31 dias) = 74400 W.h
Dividindo por
k, isto é, por 1000, temos:
74,4 kWh
Sabendo que cada quilowatt-hora custa
R$ 0,79, temos que
Custo = 74,4
kWh x R$ 0,79 = R$ 58,00 (em um mês de 31 dias).
b)
Quanto você economizaria se tivesse substituído todas as lâmpadas de sua
residência por fluorescentes compactas equivalentes em brilho?
Neste caso
teremos com oito lâmpadas fluorescentes:
8 x 15 W =
120 W
Realizando
cálculos semelhantes ao anterior:
E = 120 Watts
x (5 horas/dia x 31 dias) = 18600 Wh
Novamente
dividindo por 1000
E = 18,6 kWh
E
multiplicando por R$ 0,79 teremos o custo (sem incluir, é lógico, o ICMS outros
impostos e taxas):
Custo = 18,6
kWh x R$ 0,79 = ¨R$ 14,69 (em um mês de
31 dias)
c)
E se deseja substituir todas as lâmpadas de sua residência por lâmpadas de LED
equivalentes em brilho?
Uma lâmpada
de LED de 7 W é equivalente a uma lâmpada incandescente de 60 W, logo:
8 x 7 W = 56
W
Realizando
cálculos semelhantes ao anterior teremos:
E = 56 Watts
x (5 horas/dia x 31 dias) = 8680 Wh
Novamente
dividindo por 1000
E = 8,68 kWh
E
multiplicando por R$ 0,79 teremos o custo (sem incluir, é lógico, o ICMS outros
impostos e taxas):
Custo = 8,68
kWh x R$ 0,79 = ¨R$ 6,85 (em um mês de
31 dias)
11)
Esboce um circuito simples (pilha, fios e lâmpadas), com três lâmpadas
associadas em série?
a)
Se cada lâmpada possui uma resistência de 3 W, qual o valor da
corrente elétrica que flui pelo circuito se as três lâmpadas estão conectadas
em série a uma bateria de 9 V?
Como a
associação é em série e R1 = R2 = R3 = 3 W, então:
R = R1 + R2 +
R3 = 3 W + 3 W + 3 W = 9 W
Sendo assim:
I = V/R =
9V/9 W = 1 A (um ampère)
Um ampère é a corrente que flui no
circuito.
b)
Se cada lâmpada possui uma resistência de 3 W, qual o valor da
corrente elétrica que flui por cada uma as três lâmpadas estão associadas em
paralelo a uma bateria de 9 V?
Em uma
associação em paralelo a resistência equivalente é dada por:
1/R = 1/R1 +
1/R2 + 1/R3
Então:
1/R = 1/3W + 1/3W + 1/3W = 3/3W
Desta forma:
R = 3W/3 = 1 W
A corrente
elétrica então será:
I = V/R =
9V/1W = 9 A (nove ampères)
São nove
ampères que fluem pelo circuito.
12)
Sabe-se que em um fio de cobre flui uma corrente elétrica de 6 A quando sujeito
a uma voltagem (também chamada diferença de potencial) de 2 V. Sabe-se que a
área da seção reta do fio é de 10 mm2 (milímetros quadrados).
Conhecendo a resistividade r = 1,69 x 10-8 W.m,
encontre o comprimento do fio.
Trata-se de
um problema simples que utiliza o conceito de resistividade.
A equação
para a resistência em um condutor cilíndrico (um fio) é dada por:
R = r x L/A
Onde r é a resistividade do material dada em W.m (ohm.metro), L é o comprimento do fio (em
metros) e A é a área da seção reta do fio (em metros quadrados).
Temos que:
r = 1,69 x 10-8 W.m A = 10 mm2
= 10 x 10-6 m2 = 10-5 m2
Começemos por
encontrar o valor da resistência R.
R = V/i =
2V/6A = 0,33 W
Como R = r.L/A
Então para
achar o comprimento do fio fazemos:
L = R x A/r
Assim:
L = 0,33 W x 10-5 m2 / 1,69 x 10-8
W.m
L = 0,33/1,69
x 10-5 – (-8) = 0,195 x 103
= 0,195 x 1000 m
L = 195,00
metros (é o comprimento do fio aproximadamente)
Bom
trabalho!
Prof.
José Cassimiro, Ana Luiza e Pedro Paulo.
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