sábado, 10 de dezembro de 2016

ESTUDOS INDEPENDENTES - ED. FISICA - 1º A , 2º D,E,F,G,H,I,J - PROFª MARGARETH


E.E TRÊS PODERES
                                      


 Ensino Médio


Série:
1º ano A
2° ano D E F G H  I J
  Valor: 
40 pontos       


Disciplina: ED. FISICA
Prof. : MARGARETH

ESTUDOS INDEPENDENTES




Política e o esporte – saber diferenciar é importante



A política e o esporte infelizmente sempre estão juntos, algo diretamente envolvido com nossa emoção como o esporte talvez não devesse se envolver com assuntos racionais como a política.



Não, não… Não vou falar de nenhum partido ou detonar com a Copa ou as olimpíadas no Brasil, deveria… mas o que eu vou mostrar é que à tempos políticos usam o esporte para se fortalecer, demostrar superioridade ou ludibriar o povo. Mas será que são todos?





A política e o esporte na história



Na antiguidade, o esporte tinha a função de preparar combatentes, sempre voltado ao militarismo ou de cunho religioso.



Na Grécia, o berço das Olimpíadas, o esporte era promovido tanto para preparação militar quanto para estabelecer relacionamento de paz entre as cidades e os estados. Para realização dos jogos olímpicos, um contrato de paz foi assinado entres os governos das cidades Gregas o que deu um sentido de identidade para o povo grego (helenística).



Ainda na antiguidade, nasceram os Jogo Romanos, nesta época de grandes conquistas territoriais para os romanos, as políticas sociais internas muitas vezes eram sonegadas, causando a ira da população.



Com a finalidade de evitar rebeliões, nasceu a política do pão e circo; ao contrário dos jogos gregos que eram cheios de honra e disputas leais, os jogos Romanos eram feitos de lutas sangrentas, entre gladiadores e animais, execuções e a plateia recebia pão durante o espetáculo.

Não muito tempo atrás, as Olimpíadas foram realizadas na Alemanha governada por Hitler, por incrível que pareça foram os jogos mais bem organizados de todos os tempos, já que Hitler queria mostrar ao mundo a força e a organização do governo nazista, mesmo nos jogos queria mostrar que a raça ariana era superior, porém sua hegemonia ficou abalada com os atletas negros (como Jesse Owens) ganhando várias medalhas de ouro.



Na Guerra Fria a corrida para mostrar poder e força alcançou o esporte, espionagem de treinamentos, planos e até boicotes na Olimpíadas de Moscou e Los Angeles, isso fortaleceu o esporte em países como Rússia e Cuba. O esporte era usado como instrumento ideológico e propaganda, cada vitória era para fortalecer a política e soberania de cada regime.



Não muito tempo atrás (1995) Nelson Mandela usou o esporte para unir negros e brancos, o preconceito entre as raças era muito grande no país e o medo de uma guerra racial era constante. Ele viu no Rugby uma saída para unir os povos.

O campeonato mundial de Rugby foi disputado na África do Sul e com um jogador negro em um time formado só por brancos passou a atrair e unir as raças, principalmente depois do grande feito: foram campeões mundiais em cima da Nova Zelândia (a grande favorita). O filme “Invictus” (2009) mostra como Nelson Mandela uniu as raças através do Rugby, vale a pena assistir se você ainda não viu.

Atleta x Política



Atletas são referências, exemplos, que muitos querem ser ou parecer. Assim como as marcas querem patrociná-los para associar suas imagens, políticos não seriam diferentes, mas políticos não patrocinam, eles apenas usam a imagem dos atletas para aparecer na mídia.



Uma medalha olímpica, um campeonato internacional e pronto, aparecem centenas de políticos abraçando o campeão! Como se fossem responsáveis também pelas suas conquistas.



Muitos atletas que recebem patrocínio de alguma empresa estatal sofrem várias ameaças (cancelamento de contratos/apoios/locais de treinos) quando não querem aparecer com um político X, ou na campanha Y.



Mais comum ainda são partidos que usam atletas ou ex-atletas para fortalecer suas imagens com campanhas e até cargos no governo a custas dos atletas.



Campeonatos amadores ou regionais sempre têm apoio de políticos, até de partido eu já vi, em anos de eleição.



Você vai dizer, “mas qual o problema? É importante ter políticos que se importam com esportes e saúde.” Concordo!



Mas não é bem assim que a coisa funciona, o esporte mexe com a emoção, sentimos uma euforia, fixamos aqueles momentos em nossas mentes, é um momento de prazer de descontração, sua mente está aberta e aí entra a imagem do político que se fixa na sua mente como algo positivo, e passamos acreditar que ele apoia esporte e saúde… Ou pior quando vimos tanta roubalheira e tragédia, passamos associar tal esporte como algo negativo.



Poucos projetos de governo para esportes são sérios, nas escolas o esporte é sinônimo de jogar bola e não de preparo. Não há incentivos para atletas amadores.



Saber diferenciar as coisas é fundamental. Atleta e esporte são uma coisa. Política e políticos, outra.



Ficou claro que não é de hoje que o esporte é usado para outros fins por governos, mas o esporte não é vilão e pode ser usado para o lado positivo como vimos na Grécia e na África do Sul, por Nelson Mandela.



O esporte é incrível, esporte nos traz saúde, nos traz lazer, diversão e entretenimento e pode ajudar a mudar o mundo para o bem se quisermos!



Saiba diferenciar e não culpar o esporte pelos outros caminhos que governadores podem levar.



Texto:

Renato Santiago, Educador Físico – Sociologia do Esporte.

“A Política e o uso do Esporte na manipulação das massas”.

 2006 – Via Escrita.



O que você acha dessa relação política e esporte? E sobre a política e o esporte na história? E sobre o atleta e a política? ESCOLHA entre um dos três subtemas apresentados no texto e comente através de um texto dissertativo com no mínimo 10(dez linhas) e no máximo 15(quinze) linhas. Dê a sua opinião, argumente e depois conclua.



Boas férias!

Profª Margareth

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